domingo, 9 de março de 2008

Instintos ao luar

Trazias um vestido preto, lindo como só podia ficar em ti e em mais ninguém! Deixando os ombros a nu, descia negro sobre o teu peito delineando bem o seu contorno para desaguar de seguida na cintura sensual que me atrai as mãos com um magnetismo irresistível sempre que me aproximo de ti.

Dançavas de sorriso no rosto e brilho nos olhos. Brilho que não conseguia perder de vista do outro lado da pista. Cruzei o meu olhar com o teu como já o havia feito noutras ocasiões comunicando contigo de olhar em olhar, provocando…sempre ao longe fazendo crescer o desejo do toque, da pele, das bocas. Sempre á distancia fazíamos crescer a ansiedade dos nossos corpos sem nunca ceder ao impulso fácil de nos abraçarmos ali mesmo.

Sem nada dizeres afastaste-te em direcção à saída, eu segui o teu vestido negro sob as luzes incertas da pisa de dança. Chegados à fila para pagar colei-me a ti como se não te conhecesse e aguardasse apenas a minha vez de pagar o cartão. A pessoas apertavam-se para chegar mais depressa á frente e eu aproveitei a deixa para me encostar ainda mais a ti…estava tão próximo que era capaz de senti o aroma da pele do teus pescoço que tanto gosto de beijar. Podias já sentir a minha excitação, tinha a certeza que notavas a minha tesão encostada ao teu traseiro mas nunca em momento algum olhaste para trás.

Saímos porta fora em direcção à zona dos táxis que nos levariam a casa. Eu sempre dois passos atrás de ti aproveitei a passagem pela zona do jardim que nos separava da estrada para te alcançar, e sem nenhuma palavra agarrei os teus ombros por trás deixando o peito encostado ao muro frio que nos servia de abrigo dos olhares indiscretos e colei o meu peito nas tuas costas. Enquanto a minha boca devorava com beijos intensos os teus ombros e pescoço a minha mão percorria a tua perna desde o joelho até ás coxas levantando simultaneamente o vestido.
Continuávamos sem nos falarmos desde a pista de dança e sem nos olharmos desde a fila para pagar…. Sempre tu na minha frente sem olhar para trás e assim continuávamos como se fossemos dois estranhos atraídos pelo desejo incontrolável de nos termos um ao outro desesperadamente ali mesmo.

Quando a minha mão chegou ao teu sexo, não estranhei o que encontrei. Sabia que te iria encontrar já molhada e pronta para me receber.
Com uma mão na tua cintura e outra apertando o teu peito possui-te ali mesmo de pé onde o muro nos deixava ao abrigo da sombra do luar. Sempre em silêncio, apenas com as respirações aceleradas senti o teu orgasmo logo depois de te penetrar e eu não demorei a vir-me logo de seguida dentro de ti…
Compusemo-nos rapidamente para tomar o caminho de casa o mais depressa possível…já no banco de trás do táxi olhámo-nos finalmente e sorrimos de satisfação, íamos a caminho de casa, e a noite ainda era uma criança!

quinta-feira, 6 de março de 2008

Sonhos...


Está na hora de dormir, penso em ti antes de me render ao sono na esperança de sonhar contigo.


Ontem passeava pelos campos aqui perto de casa, desertos de gente, era noite e enquanto sentia a brisa fresca tocar-me o rosto toquei-me, toquei o meu sexo enquanto pensava em ti, no teu beijo, na tua forma de me tocares e de quereres sempre dar-me mais prazer. De forma suave, mas estava excitada, muito, sentia-o pela forma como os dedos deslizavam enquanto olhava as estrelas e não era capaz de me aperceber da loucura que estava a cometer, da possibilidade de alguém estar a ver-me...


Mas se queria que alguém me visse... esse alguém és tu, sei que te excitarias, que poderia depois abusar do teu corpo em proveito próprio, tirar de ti todo o prazer que me possa permitir sentir, sem limites, sem juízos de valor, fronteiras não existem entre nós. Agora vou adormecer com a mão em suaves carícias, desejando que fosse a tua mão a tocar-me, a tua boca a sussurrar-me boa noite, o teu corpo de encontro ao meu como se me protegesse a alma.


E durmo em paz, feliz, porque sei que em breve estarás aqui... Um beijo... Para ti...